Com quantos sacos de cimento se faz um estádio?

O futebol, criado na Inglaterra, é um esporte de grande prestígio mundial e que proporciona diversos benefícios econômicos, sociais, culturais, tecnológicos, entre outros. O esporte, por sua simplicidade, pode ocorrer em qualquer lugar e precisa, basicamente, de uma bola. No … Continuar lendo

As barragens de Juiz de Fora estão sob risco de rompimento?

Barragem rompendo

Barragem de Brumadinho se rompendo. Fonte: Rede Globo.

Não sendo de conhecimento de boa parte da população, o município de Juiz de Fora tem pelo menos oito barragens, sendo três de usinas hidrelétricas, três de abastecimento de água e duas de rejeito industrial. Com o desastre de Mariana em novembro de 2015, a situação de nossas barragens foi tema de uma audiência na Câmara Municipal da cidade, onde se sugeriu a formação de uma comissão com participação popular, do poder público e dos responsáveis pelas barragens para definir procedimentos de fiscalização, emergência e plano de contingência. O engenheiro de Segurança em Barragem, Marcos de Oliveira Guerra, apresentou dados baseados em uma escala padrão e reiterou a importância do monitoramento por profissionais especializados. Tal monitoramento foi garantido pelas empresas responsáveis: Cemig, Cesama (Companhia de Saneamento de Juiz de Fora) e Grupo Votorantim.

O que não se imaginava era que, três anos mais tarde, quando o estado ainda não tinha se recuperado de tamanha tragédia, outra catástrofe ocorreria. Há menos de um mês, a barragem da Mina do Córrego do Feijão rompeu e causou mais danos que a primeira: foram dezenove mortos em 2015 e, até o momento, já são 166 mortes confirmadas em Brumadinho sendo que, de acordo com a Defesa Civil, ainda há 144 desaparecidos. Com essa nova adversidade, a população juizforana voltou a se questionar sobre os riscos das barragens da cidade.

AS OITO BARRAGENS DA CIDADE

Usinas hidrelétricas

Usina de Marmelos: Foi a primeira grande usina hidrelétrica inaugurada na América do Sul. É administrada atualmente pela Cemig. A barragem principal é de concreto, cuja altura é oito metros e o comprimento é de 51. Localiza-se na bacia hidrográfica do Paraíba do Sul, no rio Paraibuna, na região leste (altura do Linhares).

Usina de Joasal: Operada pela Cemig, tem sua principal barragem feita de concreto. Sua altura é quatro metros e seu comprimento 35. A estrutura se localiza na bacia Paraíba do Sul, no rio Paraibuna, na região sudeste da cidade (Granjas Bethel).

Usina de Picada: É de propriedade do Grupo Votorantim (Votorantim Energia) e tem sua barragem principal de concreto. Localizada no distrito de Torreões, sua altura é de 32 metros e comprimento de 96. Foi construída na bacia Paraíba do Sul, no Rio Preto.

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Represas de abastecimento

Represa Chapéu D’Uvas: A barragem tem volume de 146 milhões de metros cúbicos. Apesar de ser de responsabilidade da união, a Cesama opera e realiza manutenção.

Represa Dr. João Penido: Construída no Ribeirão dos Burros, próximo ao bairro Grama, possui volume de 16 milhões de metros cúbicos. A manutenção da represa é de responsabilidade da Cesama.

Represa de São Pedro: Responsável pelo abastecimento da Cidade Alta, o manancial é administrado pela Cesama. O volume da barragem, de terra, é de 1,2 milhão de metros cúbicos.

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Barragens de rejeito industrial

Barragem da Pedra: De propriedade da Nexa Resources (Grupo Votorantim), a barragem é de terra e possui volume de 1,5 milhão de metros cúbicos. Mantém resíduos industriais das atividades da empresa.

Barragem dos Peixes: Também de propriedade da Nexa Resources e feita de terra, esta se encontra inativa, segundo a empresa. Seu volume é de 800 mil metros cúbicos de rejeitos industriais.

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Para visualizar as localizações das estruturas acima, clique aqui.

AS AVALIAÇÕES REALIZADAS

O mesmo engenheiro de 2015, Marcos Guerra, afirma que o risco das barragens de Juiz de Fora é mediano. “Há uma escala de avaliação que considera diferentes fatores, como prejuízos ambientais e sociais, por exemplo. Este índice pode chegar a 18 de pontuação. As barragens de Juiz de Fora, em 2016, atingiam em torno de 11. Qualquer obra de engenharia é perecível. Tudo que é material tem seu ciclo de vida. Estão todas na cabeceira do município, próximas às comunidades. É preciso planos de contingência, emergência e fiscalização.”, diz o engenheiro ao jornal Tribuna de Minas. Diz ainda que é necessário realizar fiscalizações e manutenções das estruturas com periodicidade.

Em 2017 foi elaborado um Relatório de Segurança de Barragens pela Agência Nacional de Águas (ANA), o qual classifica o risco e o dano potencial associado. O primeiro diz o quanto é possível a ocorrência de um rompimento e o segundo o quão grave o incidente seria, caso ocorresse. De acordo com esse relatório, todas as barragens de Juiz de Fora apresentam dano potencial associado alto, já que suas dimensões são consideravelmente altas e estão localizadas em pontos onde um rompimento causaria grandes danos. Já sobre a categoria de risco, as barragens das represas de São Pedro e Dr. João Penido foram enquadradas na modalidade moderado e as demais apresentam baixo risco de catástrofe. Isso significa que há baixa possibilidade de ocorrer um desastre em Juiz de Fora, mas, caso ocorresse, os resultados seriam próximos aos de Brumadinho.

Enquanto isso, visitas estão sendo realizadas pela Comissão de Urbanismo da Câmara Municipal. A primeira ocorreu no dia 05 desse mês, nas duas barragens de rejeitos de Juiz de Fora: a Barragem da Pedra e a Barragem dos Peixes (atualmente inativa), as quais pertencem ao grupo Votorantim e estão sob responsabilidade da Nexa Resources. A segunda ocorreu no dia seguinte, na Represa Dr. João Penido, pertencente à Cesama. A Comissão de Urbanismo destaca que pretende realizar outras visitas após o término do recesso parlamentar, o qual encerrou no dia 15 desse mês. Data prevista, também, para marcar a audiência pública solicitada para discutir a situação das barragens de Juiz de Fora e informar a população sobre as condições das estruturas. “Só com boa informação combatemos o pânico e garantimos o acesso aos direitos. Após a calamidade de Brumadinho, recebi diversos pedidos de informação de moradores próximos a essas barragens, preocupados com a situação”, afirma vereador. Também foi requerido à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) o envio de um relatório sobre a segurança das barragens da Zona da Mata mineira.

FONTES: Portal G1, Tribuna de Minas

O tênis que foi pego no Doping

Durante a temporada 2008-2009 da NBA, liga norte-americana de basquetebol, uma novidade tecnológica gerou polêmica ao ser proposta pelos jogadores do tradicional time Boston Celtics para uso em plena reta final de temporada, a novidade tratava-se dos tênis APL(Athletic Propulsion Labs) Concept 1, Protótipo criado pelos gêmeos Adam e Ryan Goldston que continha em sua estruturação um sistema de propulsão que aumentaria o desempenho dos atletas, fazendo com eles pulem mais alto e também corram mais rápido com menor esforço. O protótipo foi vetado na época por violar a regra de competitividade da liga, sendo considerado um esteróide em forma de calçado por fornecer uma significativa vantagem a favor de quem os usa,  impulsionando assim a discussão de como a tecnologia poderia ser utilizada a favor do atleta sem prejudicar a competição.

 

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Foto do protótipo APL(Athletic Propulsion Labs) Concept 1

 

 

Jump Higher Shoes 1

 

 

O tênis gera um aumento de cerca de 9 cm no alcance  vertical do atleta

 

Qual a tecnologia por trás do tênis ?

O tênis  utiliza um dispositivo de propulsão na parte mais a frente da sola chamado Load ‘N Launch, que consiste em um sistema de molas que quando pressionado pelo atleta,  “carrega”(Load) a força exercida por ele e em seguida libera (Launch) em forma de energia elástica, aumentando o impulso do atleta e consequentemente melhorando sua performance.

 

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sistema de propulsão “Load ‘N Launch”, constituído de 6 molas grandes e duas pequenas.

 

 


Imagem relacionada

propaganda mostrando  a performance com e sem o tênis.

 

Vídeo do canal What’s Inside abrindo o produto.

 

Questão da tecnologia no esporte

A questão levantada com a proibição foi de como não afetar a competição com os novos produtos. Não há como evitar que as tecnologias comecem a fazer parte da vida dos atletas e é cada vez maior o número de pesquisadores que dedicam suas carreiras a criar dispositivos e materiais para auxiliar na vida de atletas, sejam eles amadores ou profissionais. O intuito desse tênis seria permitir que as pessoas saltem sem forçar tanto a musculatura e as articulações, o que já foi suficiente pra considera-lo um potencializador  de performance. Então como as novas tecnologias e materiais  se adequariam ?  Parece que por fim a questão não foi um grande impecílio uma vez que a indústria esportiva gerou novas tecnologias para alta performance dos atletas , que focavam na estabilidade, conforto, segurança e ainda se adequavam as condições das ligas profissionais , e um exemplo disso é a tecnologia BOOST, que domina o mercado desde 2013 com empresas como Adidas e PUMA.

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Adidas Energy BOOST: Exemplo de inovação tecnológica sem restrições de uso nas ligas esportivas.

Cursos de engenharia no processo criativo

A engenharia é de suma importância no processo de desenvolvimento e produção das inovações no mundo do esporte. O processo tanto criativo quanto produtivo passam pela mão de engenheiros, e essa necessidade de uma mão de obra qualificada e empreendedora  faz com que empresas gigantes do ramo esportivo procurem parcerias em polos educacionais  para desenvolver seus produtos, como é o caso da Nike, que em 2016 firmou uma parceria com a universidade de Denver(EUA) para desenvolvimento de novos designs para seus produtos da linha de basquetebol.

 

Vídeo explicando a parceria da Nike com a DU (University of denver)

 

Nessa parceria, alunos de engenharia mecânica e elétrica  foram designados para projetar calçados com maior estabilidade, conforto e menor risco de contusões, respeitando a regra de competitividade das ligas profissionais.  E pra isso contam com alguns dos equipamentos de radiografia e captura de movimentos mais avançados do mundo, podendo assim fazer análises de força e movimento milimétricas e trabalhar juntando a paixão pela engenharia com a paixão pelo esporte.

Student pointing at computer screen

estudantes trabalhando em novas tecnologias da Nike

 

Que fim levou a marca ?

Ao contrario das outras marcas, a APL não adaptou seu produto para que pudesse ser utilizado, assim, seu banimento foi oficializado pela NBA na temporada 2010-2011, porém , diferentemente do que se esperava, os irmãos Adam e Ryan Goldston tiraram bom proveito da situação e as vendas do tênis dispararam com a proibição,com a empresa tendo seus estoques liquidados em pouquíssimo tempo . Utilizando o banimento como estratégia de marketing eles lançaram o slogan “Banned by the NBA” (Banido pela NBA)  e foram vendidos milhares de exemplares. Atualmente a empresa ainda se mantém no ramo com firmeza, explorando  o rótulo de alternativa.

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“Because of the NBA ban announcement, we are experiencing an enormous ammount of traffic” (Devido ao anúncio de banimento da NBA, estamos presenciando um tráfego enorme)

referencias :

https://www.tecmundo.com.br/internet/8574-como-funciona-o-apl-tenis-banido-pela-nba.htm

https://latimesblogs.latimes.com/sports_blog/2010/10/the-nba-is-prohibiting-its-players-from-wearing-a-new-line-of-sneakers-that-claims-to-increase-vertical-leapthe-nba-sa.html

http://bestadjustabledumbbellspro.com/how-to-increase-vertical-jump/best-exercises-for-jumping-higher/are-there-shoes-that-make-you-jump-higher/

Sole Brothers

https://interestingengineering.com/video/this-is-what-is-inside-the-shoes-the-nba-banned-for-being-too-powerful?fbclid=IwAR1q-R7Dsma7YkI96R3NsIDnxOpJQTcsuWLu39xgBltc80n2TQ2xa0HVLts

https://www.du.edu/news/nike-and-du-improving-future-performance-footwear